Em Caxias- MA, a desigualdade social não é tão visível para quem se concentra apenas no centro da cidade, em uma caminhada pelo centro pouco se observa pobreza, e entre as belíssimas construções e escolas da região mais abastarda da cidade não se ver o abandono escolar, mas essa é uma realidade que pode ser vista nos bairros mais afastados e marginalizados onde muitos jovens tendem a abandonar a escola para fazer trabalhos manuais e ardo para conseguir se sustentar e ajudar a família, como é o caso de muitos que trabalham no lixão no bairro Teso Duro.
A maioria desses jovens tem pais e mães analfabetos, que não tiveram chances de estudar por conta da pobreza ou por morar nas periferias onde o acesso à escola é mais difícil, para esses jovens a permanecia na escola chega a ser muito difícil devido à falta de apoio, além da escola cobrar uma espécie de capital cultural onde a aluno teria que conviver com outros que tem os pais muitas vezes com curso superior e ensino médio completo e esse jovem acaba sendo excluído por sua realidade ser muito diferente da realidade da maioria dos outros alunos. É naturalmente central nesse processo a transmissão da ideia de que essa exclusão não se dá por nenhum ato de imposição bruta e visível, mas por incapacidade de alguns de vencer numa corrida meritocrática (SILVA, 1990). Nessa corrida meritocrática alguns jovens conseguem com ajuda de professores ou dos pais terminar o ensino médio, arrumar um emprego ou até mesmo entrar em uma faculdade, mas é claro com um esforço muito maior do que um jovem que não convive com a realidade do trabalho ardo de um lixão ou com a fome e a falta de necessidades básicas de sobrevivência.
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