Em vários municípios brasileiros, leitos de enfermaria e UTI estão lotados de pacientes com covid-19. Não há mais vagas e os doentes não param de chegar.
Quando pensamos que não pode mais piorar, somos surpreendidos com a frase "teremos o março mais triste de nossas vidas". Infelizmente o Brasil vem enfrentando uma crise de superlotamento nos hospitais.
Há quem diga, que esse problema sempre existiu no país, e isso não deixa de ser verdade, porém estamos falando de superlotamento de casos de covid-19, onde o paciente que está com dificuldades de respirar não pode ficar esperando em filas, entende?
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De acordo com dados das secretarias estaduais de saúde, 17 estados têm ocupação em hospitais acima de 80%, um nível considerado crítico. Outros oitos estados têm taxas que chegam a superam os 90%. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, o número chegou a 100%.
O questionamento que fica, é: onde ficarão essas pessoas que precisam de atendimento? E como poderemos conter essa avalanche de novos casos que desafia o sistema de saúde e que pode afetar até mesmo a estabilidade social do país? O que fazer para se proteger num momento tão crítico?
Esses são alguns dos temas que preocupam a pneumologista Margareth Dalcolmo, professora e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), no Rio de Janeiro.
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Mas o que fazer? Fechar tudo? Creio que esse não seja o melhor caminho, uma vez que podemos quebrar a economia, e gerar outra crise (quem sabe maior), só que dessa vez no setor econômico.
A verdade é que falta fiscalização mais rígida em relação aos cuidados de prevenção da doença, uso adequado de máscaras, número limitado de pessoas dentro dos estabelecimentos. O que se ver, é que em muitas cidades, não se usam mais máscaras, e ninguém mais respeita as protocolos.
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