O dia do trabalhador rural é comemorado neste dia 05 de maio.
Morador do município de Santa Luzia, Maranhão, o poeta Edinaldo Reis, decidiu homenagear os trabalhadores rurais que nesta terça-feira (05), comemoram o dia do Trabalhador Rural. Veja abaixo:
No curral tem boiada berrando
Vaqueiro no peito da vaca puxando
Tirando um leite pela madrugada
Pra descolar o lanche da meninada
No capim tem orvalho caindo
E um camponês cedinho saindo
Vai levando um cutelo na mão
Pra capinar o plantio de feijão
Dentro da moita põe a cabaça
Hora em hora bebe um gole d’água
É o dia a dia do trabalhador rural
Aquele que faz o serviço braçal
Passa o dia no sol trabalhando
Plantando, brocando e capinando.
Alguns cortam cana no canavial
Outros lavram no solo do bamburral
Há trabalhadores em fazendas da região
Roçando a juquira da solta do patrão
A maioria utiliza ferramenta manual
Pra fazer as tarefas da agricultura rural
O machado, o cutelo o facão e o jacá.
Camponês guarda suas tralhas no jupá
Dentro da capoeira vai armando arapuca
Pra pegar juriti, inambu ou uma saracura.
São cozidas no leite do coco babaçu
Com corante pro caldo no ficar azul
O menino sai pra ajuntar uns cocos
Dentro do jacá ele coloca um cofo
Pra jogar os cocos dentro da caieira
Fazendo carvão do coco da palmeira
No sertão nós usamos uma rodia
Levando o almoço dentro da bacia
Para o trabalhador que está na roça
Cortando as touceiras de pindoba
No fim de semana nós vamos pescar
Umas piabas pra no azeite de coco fritar
Seja no carnaubal ou até no seringal
Vamos valorizar o trabalhador rural
Ele produz o arroz, a farinha e o feijão.
Os grãos que alimentam nossa nação
Alimento que chega à mesa das famílias
É manufaturado pela classe campesina
Camponês merece maior reconhecimento
Na sua mão de obra um melhor investimento
O lavrador muitas vezes é inferiorizado
Não dão o devido valor de seu trabalho
Se existe o alimento em nossas mesas
É porque o lavrador produz essas riquezas
Muitos deles não têm sua carteira assinada
As leis trabalhistas pelos patrões são ignoradas
O rio vai fazendo curva perto da ladeira
A vida aqui na roça não é brincadeira
A lua está no céu para nos acalantar
Cavalo está selado vamos nele galopar
Juriti gemedeira venha logo assoviar
O teu assovio faz o tédio amenizar
Vi uns rastros parecido de tatu peba
Permeando o mandiocal da minha gleba.
Poesia de: Edinaldo Reis!
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